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Bxano no cinema

Bonjour à tous

Eu não poderia estar por aqui e não dar uma verificada nos cinemas. Para uma cidade pequena como Orléans ela está muito bem servida de salas de cinema. Tem 3 estabelecimentos e mais 1 em uma cidade vizinha. Um dos estabelecimentos parece ser independente, o Cinema des Carmes, ouvi falar que ele vive com problemas financeiros.

Des Carmes é um cinema à moda antiga, ele não fica em um centro comercial (shopping), fica no centro da cidade mesmo. A sua estrutura é bem simples, tem apenas uma bilheteria e possui 3 salas de projeção. Todas as pessoas ficam esperando a hora de entrar no saguão e quando é anunciada a hora de entrar na sala todos se dirigem à entrada e não há ninguém para controlar quem tem ingresso ou não. Também não há um grande intervalo entre uma sessão e outra. Normalmente esse tempo é reservado para limpeza, mas pelo que notei não há o que limpar. A sala parece muito com o antigo Cine Rex de Teresina. Não há inclinação das poltronas, o que não chega a atrapalhar porque a tela é alta, e também tem um segundo andar. A tela fica posicionada em um palco, acho que tem até cortinas, parece um palco de teatro. A impressão que temos é que estamos em um lugar antigo, como vemos nos filmes de época. Mas é só a aparência mesmo, a qualidade de som e imagem é muito boa.

Fachada

Fachada

Bilheteria Des Carmes

Bilheteria Des Carmes

Os outros 3 estabelecimentos são de uma rede de cinemas, a Pathe, que possui cinemas em grande parte da França. Achei que por ser uma rede de cinemas teria o ingresso mais barato, mas não, o ingresso é mais caro, 9 euros contra 6 euros do Des Carmes, mas como é uma grande rede possui alguns benefícios interessantes. Ela possui um sistema de fidelidade no qual você paga um valor por mês e pode assistir filmes a vontade, para você ou para mais um acompanhante. O valor fica entre 20 e 30 euros por mês, um plano muito interessante para quem vai sempre ao cinema. Outra coisa bem diferente aqui é que quando você vai assistir um filme 3D você compra os óculos (1 euro) e leva para casa, na próxima vez é só levar os óculos de casa.

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Esse Pathé da segunda foto tem 12 salas de projeção. A variedade de filmes exibidos é enorme, até porque a França produz muitos filmes, a maior parte dos filmes exibidos são franceses, e a maior parte dos filmes estrangeiros são dublados. Des Carmes é uma exceção e normalmente exibe filmes estrangeiros no formato original com legendas.

À plus.

 
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Publicado por em 06/11/2013 em Geral

 

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No supermercado

Fazer supermercado “no estrangeiro” é uma coisa no mínimo engraçada. Aqui eu não ando com um dicionário debaixo do braço, e ainda não estou com internet no celular. Mas, quando vou fazer compras me arrependo de não ter levado.

Os supermercados daqui são uma loucura, primeiro são bem grandes, mas isso eu já esperava, o que me surpreendeu mesmo foi a variedade de produtos. Para cada item há muitas opções, você fica sem saber para onde olhar na prateleira. E escolher algo em meio a tantas opções é até chato às vezes porque eu não conheço as marcas, e não sei o que é bom, mais ou menos, ou ruim. Até comprar um simples açúcar foi complicado, havia tantos tipos de açúcar que eu me senti burra, aqui tem açúcar com sabor. Eu só queria o açúcar tradicional para colocar no café, imagina aí colocar sacarose com sabor de framboesa no café?

O que às vezes fica complicado é quando não temos a mínima ideia do que seja o produto que estamos vendo, não conhecemos a palavra em francês, e a figura também não ajuda. Isso também ocorre com frequência nos restaurantes, já pedimos várias vezes coisas do cardápio que desconhecíamos.

Sabe aqueles produtos da marca Carrefour que são mais baratos e que a gente tem até medo de comprar? Pois aqui eles estão em todos os setores, acho que pelo menos a metade dos produtos do supermercado são desse tipo, não só produtos alimentícios, vai de papel higiênico, panelas e até telefone fixo.

A parte dos freezers é tão grande que é bom colocar casaco para passar pelo corredor frio, e não é só um corredor são uns 3. A Danone, que é uma marca francesa e descobri tem pouco tempo, tem uma variedade incrível de sobremesas e o preço é bem acessível. Por falar em preço acessível tem que falar de queijos e vinho. Vinho fica logo é na entrada do supermercado, um ou dois corredores inteiros de vinhos baratos, não entenda no sentido pejorativo da palavra e sim no sentido literal. Claro que tem vinhos caros, mas são minoria. Os queijos também são baratos, variados e saborosíssimos, tem queijo até de alho.

Nos supermercados já aboliram as sacolas plásticas, já é costume usar aquelas sacolas reutilizáveis, ou aquelas sacolas que ficam em carrinhos. Nos caixas já estão abolindo até os atendentes. Tem uma porção de caixas self-service, onde a própria pessoa passa os seus produtos pelo leitor e paga na máquina com cartão de crédito. Ficamos realmente surpresos com esse serviço, aliás nem dá para enumerar as coisas com as quais ficamos surpresos aqui, mas isso é estória para outro post.

À Bientôt

 
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Publicado por em 06/10/2013 em Geral

 

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Bxano no banco

Essa semana fomos em um banco aqui em Orléans para abrir uma conta. Olhando rapidamente um banco aqui é bem similar aos bancos no Brasil, mas olhando mais de perto é possível notar umas coisas diferentes.

Primeiro, os caixas eletrônicos são do lado de fora do banco, na calçada mesmo. Dentro do banco não há filas, se você vai fazer uma operação lá, como por exemplo abrir uma conta, você tem que marcar hora. Eu não vi um caixa lá dentro, aquele em que a gente pode pagar contas que tem uma pessoa lhe atendendo, o vulgo “boca do caixa”. Eu vi umas pessoas pagando contas, mas elas levavam tudo dentro de envelopes com dinheiro ou cheque já contadinho, sem troco. Acho que podemos ver uma figura de um caixa nisso, depois o “caixa” colocava os envelopes em uma espécie de cofre, algo bem manual. Já ouvi falar que o sistema bancário do Brasil é um dos melhores do mundo, vai ver por isso estranhei tanto, alguém me corrija se eu estiver errada.

Fiquei no banco mais ou menos uma meia hora (aguardando o Ítalo) e fiquei observando o movimento. Qualquer pessoa que entra no banco é abordada de cara por um funcionário que (delicadamente) pergunta o que ela quer. Então ninguém fica a toa lá dentro. Não sei se todos os bancos são dessa forma, eu só conheci esse até agora.

O mais estranho dessa experiência foi que vi que os cachorros podem entrar no banco. Durante esse tempo que fiquei lá dentro entraram duas senhoras com seus lindos cachorros. Eles entraram, saíram e ninguém olha diferente ou acha ruim. Os cachorros eram bem educados, não faziam barulho, não fediam, e estavam presos à coleiras. Acho que deve ser normal!

À bientôt

 
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Publicado por em 11/09/2013 em Geral

 

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Novidades

Bonjour à tous

A novidade que tenho é que passarei a temporada 2013-2014 na França, na cidade de Orléans para ser mais exata. Vim para cá para fazer doutorado sanduíche, que é quando você faz uma parte do seu doutorado em outra universidade.

Como os meus amigos estão sempre me perguntando sobre as novidades, eu contarei por aqui as minhas experiências em um país tão distante e em muitos fatores tão diferente do nosso.

À biêntot

bandeira-franca

 
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Publicado por em 11/09/2013 em Geral

 

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Medos de infância

De vez em quando, ao relembrar coisas da minha infância, me vêm à memória que eu tinha uns medos estranhos. Eu conto para o Ítalo (marido) e ele fica dizendo que eu era louca, mas acho não chega a tanto.

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Eu tinha medo de quadros de santos. Na casa da minha tia, no interior do PI, eu costumava dormir em um quarto que tinha esses quadros, um de cada lado da porta. Aquilo era um pesadelo para mim, eu tinha que lembrar de acordar de costas para os quadros, tinha medo até de olhar. Lembro que um dos quadros era de Jesus, um bem famoso em que o coração fica a mostra circundado por uma coroa de espinhos. Admitam que para uma criança isso pode ser assustador! Eu ficava com tanto medo que demorava alguns minutos para criar coragem de levantar e depois passar correndo pela porta.

Outra coisa que minha irmã me disse, mas que não em lembro, é que eu tinha medo da Lua. Ela me disse que ficava me levando para fora de casa a noite e dizia que a Lua poderia me levar. Que malvada!

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Eu tenho medo de aranhas, isso é de conhecimento público, tenho isso desde sempre. A minha lembrança mais antiga de sofrer por causa de aranhas foi em uma ocasião em que fui ao banheiro da minha casa e atrás da porta tinha uma por lá, só me encarando. Eu fiquei paralisada e comecei a gritar desesperadamente. A minha mãe chegou e me puxou para fora do banheiro porque eu juro que não conseguia me mexer. Já fora do banheiro lembro de que ter chorado demais, e minha mãe ficava me dando água para me acalmar. Até hoje a minha reação é imprevisível se eu vir uma.

E você, tem algum medo de infância?

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Publicado por em 09/09/2013 em Geral